08/01/2009

O meu aDeus sem nome

Aos que morreram o meu Adeus

Adeus atrasado

Enclausurado, anestesiado, retido, recalcado

O meu aDeus sem nome,

O meus adeus enfadonho

Aos que morreram e eu não dei o meu adeus

Como posso compensar o remorso do

“eu te amo” tardio?

Aos que viverem,

Serei eu, agora, um melodramático?

Andarei, agora, com um “eu te amo” não algibeira?

Sentimentalóide tardio?

O grito que não escapuliu?

O amor tardio

Já não diz nada

O tédio da saudade

A mácula da vulgaridade do ódio

(Odiar é mais simples e mais fácil)


Aos que morrerem as minhas saudades

Minha nostalgia alienadora

Melancolia sem remédio.


O silêncio de minha dor não dirá mais nada...

06/01/2009

Paranóias decapitadoras

Paranóias decapitadoras

Alguém está me seguindo

Alguém vai me trair

Alguém está falando mal de mim

Ninguém é como eu quero

Ninguém ninguém

O melhor a fazer é se desamarrar

O melhor é ser egoísta

Por assim não se divide nada

Com ninguém.

Cada um com sua paranóia

Cada hum com seus medos

Trancados, sós

Na escuridão de seus pensamentos

O problema da paranóia

É que, de fato, não há quem o siga

É isso mesmo: ninguém estar seguindo você.

Você está só.

O seu medo é não ser seguido

Ser ouvido

Ser surdo é o a dor

Adora a dor de ser seguido

Adora a dor de ser esquecido

Ou a dor de ser esquisito .

No fim , sempre no fim

Repetidamente:

A dor dos outros não dói.

A dor não diz nada, desde que não seja você quem a sente.

Hum, acho que tem alguém me seguindo, vou correr...

Perdi a cabeça...