02/04/2012

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a vida se repete e se perde a graça.

A vida se repete
A vida se emudece
a vida passa
Assim tão de repente.
Não é fresco de um cheiro de char de erva doce.

Não é um chocalho,
Não é um móbile
Aliás, depois de certo tempo
Nada se move.

Não é o cheiro sereno
é o cheiro ocre da velhice.

Enlheio de anos
Récuas de anos
anos vagabundos
pesados
alienados
mal vividos
mal amados

um vida suportada, emprestada
não devolvida...

É preciso tanta vida?
vivida num eterno crepúsculo?