a vida se repete e se perde a graça.
A vida se repete
A vida se emudece
a vida passa
Assim tão de repente.
Não é fresco de um cheiro de char de erva doce.
Não é um chocalho,
Não é um móbile
Aliás, depois de certo tempo
Nada se move.
Não é o cheiro sereno
é o cheiro ocre da velhice.
Enlheio de anos
Récuas de anos
anos vagabundos
pesados
alienados
mal vividos
mal amados
um vida suportada, emprestada
não devolvida...
É preciso tanta vida?
vivida num eterno crepúsculo?