11/12/2008

Sepultamentos

Tem morrido em mim uma poesia a cada dia

A cada dia em que não escrevo

Em que me omito

Meus pensamentos são sepultados em covas rasas

Tem morrido em mim uma poesia

Uma poesia a cada dia que não tiro do peito

Esse rasgo poético

Esses versos brancos

Que a muitos não dizem nada

São apenas brancos

E cada dia sem uma nova poesia eu morro

Um pouco ou muito...

Mas a cada verso novo

Novo ao menos o nome

Renasço mais poético

Ou quem sabe mais patético

O certo é que fico

Inquieto

Pois quero em mim

O lirismo de algibeira

O lirismo cadente

Quero qualquer coisa poética

Longe do patético

O esforço é grande

O êxito incerto

O que importa é que estou de luto.

03/12/2008

Onde está a civilização?

Onde está o culto?
onde está o belo?
onde está o estético?
onde está o onde?

A civilização de tribos
nos trilhos das desigualdades:
Há quem prefira as beiras...

Triângulos inúteis
Se virei a esquina foi porque assim quis
não, não ultrapassei os limites fronteiriços
Foi uma escolha, não uma imposição.
Não invada minhas fronteiras
Elas têm guardas a vigiá-las

Há quem zele por elas
E não pecamos por excesso de zelos
Somos uma ilha
E nela não há necessidaes de outros mundos
chaves e cadeados cônscios
Ora, ora, ora, quem diria
Que o vulto , é sombra?


Ora, ora
Cavernas e cavernas
Está escuro aí dentro...
Mas é onde você quer ficar

Nem posso
nem devo
condenar

viva no fundo escuro
A luz cega.

20/11/2008

Prosaísmo pagão

Em templos pagãos tenho tentado me achar. Tenho estado em busca desesperada, mas quanto mais me enrosco em mim, tentando me achar, me perco mais. Me enleio nas minhas divagações grotescas e prosaicas... A tentativa do encontro, o escape para outra realidade que não a que tenho, me leva a caminhos tortuosos, aneurismas existenciais prestes a romper com tudo e com todos, menos comigo já que ainda insisto em existir. E nessa dor finjo ser poeta, poeta de versos tristes repetidos, monótonos. Minha vida não tem cores, tem tons iguais de amargura e disfarces tão-somente iguais. Não busco o sentido na vida, nessa minha vida de intervalos de poeta, o meu poetar não é oportunista de uma dor ou outra. Mas ainda que ceticamente admita, tenho, sim, uma áspera vontade de me encontrar em qualquer lugar,mas ate então tem sido em vão. Todas as luzes estão apagadas e não me vejo. Nem nos guetos, nem nas classes... Onde será que me procuro que não acho? Assaz me confundo com o nada, seria eu o principio de algo? Nem o sexo mais liberta. A possibilidade do sexo liberta. A fuga pelo sexo liberta, mas o sexo em si não liberta. Estou preso. O meu cárcere é a liberdade por que busco. E que se a encontrasse estaria igualmente preso, acorrentado à existência que me impuseram e que por covardia me atenho. Talvez por medo de perdê-la é que finjo ignorá-la, e que fico à parte sem querê-la. Quando me preparo para amá-la, o amor se dissipa.

13/11/2008

Metafísico, Quem? Eu?

A intangibildiade do que sinto
É entediante.
Mas como não tratar das abstraões
Se o que sinto não passa de idéas ?

Não falemos e cadeiras
O meu ser tatea
As dores intangíveis
Por isso que não partem

Não tanjo as abstrações
Nao apalpo a inexistência

Não vou apalpar ninguém
Vencerei pelo cansaço
Poucos conseguem permanecer fora da caverna
Ou poucos percebem que já estão fora...

Ou quem sabe bem lá no fundo...

Sonolência

A madruganda entra tão abruptamente, nem pede licença...
A madrugada come minhas horas
E o labor completa a minha autofagia de horas
Consumo minhas horas no ócio
Anseio por não fazer nada...
Corro para nao fazer nada
Não condescendente com o sistema
Ah, o sistema..

Não tenho pressa
Ando paulatinamente arredio...
Quero ouvir a musica toda pelo caminho
Reduzo a velocidade,
deixo-a no compasso
Até o meu destino a terei saboareado por completo

No entanto as madrugadas são vorazes
Elas têm a pressa que eu não tenho
Nem de viver
Nem de morrer

A minha pressa
é
Fazer nada já me bastaria.

A velocidade já não importa
O que importa é não importar
É não dar importância

Se der só vai atrair o que não deseja
Mas o que rejeita...

A madruga passa
E eu fico com sono

12/11/2008

Bodega

Quero cultivar cicuta

Quero me desagregar

Quero fugir à guerra

Guerreio pela morte

Não pelos louros

Vou-me embriagar

Para fugir

Ébrio

Anti-social

Ébrio

Vejo tudo distorcido

É mais bonito

Ébrio

Me vejo com os brios sepultados

Quero a sociedade pudica

Ébrio

Me jogo na sarjeta

Por onde me escorre o lixo desse luxo

Ébrio

Sou marginal

Ébrio

Me esvazio

Ébrio

Vejo em dobro

Ébrio

Da miséria que me cerca

Ébrio

Levantam muralhas

Ébrio

Estou do lado de fora

Ébrio

Fujo à luta

Ébrio

Me cicuto

Tremo diante do muro

Ébrio

Escrevo tortuosamente

Ébrio

Estou do lado de fora

Ébrio

Marginalizo-me

Ébrio

Não me suporto

Ébrio

Insisto na cicuta

Ébrio

Não resisto e vou à luta

Ébrio

Fujo

Fico

Parto

Aborto

Mato

É o onde que não tem gente

Não tem marginal

Não tem gente!

Ébrio

Me confundo

Ébrio

Me embebedo

Ébrio

Fico mais bêbado

Ébrio

Sou marginal

Marginal

Marginal!

Ébrio

É o muro

É o tempo

É a conta bancária

Ébrio

É o muro

É morte lenta:

Cicuta social

10/11/2008

Complexo Indefinivel

Complexidades...
Sou o indefinível
perente minhas incertezas
Não busco, afinal
definições...
Complexo como uma folha em branco
ou transparente como as águas do Tietê
ou como o seu tom de fala melodiosa...
Complexo
De Édipo
Inferioridade
Megalomanias...
Ah, enfim

Tudo nao passa de uma mentira.
Minha lealdade tem endereço fixo
E minhas molequegens são vastas...
o que sou que nao sei me definir?

05/11/2008

PIEGUICES

Quando penso , se penso...

Penso nas impossibilidades

Nas intangibilidades da minha parca existência .

Quando penso

Se é que penso

Penso no pouco que sou e

No nada que quero ser

Meu mundo é feito de impossibilidades...

Sou impossível de ser

Sou inatingível

Intocável do alto de minha ignorância


Meu mundo é Finito

Pequeno, Vazio

e

Piegas

03/11/2008

O que seria mais ridículo?
Ser ridículo ou ter medo de ser ridículo?
Se entregar aos prazeres mais vis em nome de “viver”
Viver ridiculamente sem medo de ser ridículo

Pois, é!!!
Que atire a primeira pedra quem nunca foi ridículo!
E eu tenho sido ridículo na minha tentativa de não ser ridículo
Desculpa!?
?????
Sejamos ridículos, quem nunca desceu ao nível reles e baixo
Para se sentir um pouco mais humano?
Para se sentir parte integrante dessa mediocridade toda?
Estou sendo ridículo agora escrevendo algo que ninguém irá ler
Mas Sabê-lo não me impede de ser ridículo

Nem de escrever...

23/10/2008

The Key...





Sometimes
You may find
the key
but not
The Door
Sometimes you find the door
But but not the key
Sometimes you can find both of them
And just
You don't want to
hold the key

At last, what is the use of an
Open door?


Anyway
Whom would you open the door
for?

Whose key
would you use to open
your closed
Heart?

The key hole
The key soul
The Soul hole

find the key
do you wanna hold it?

Reflexos Paranóicos...

Quem é o seu inimigo?
Aquele que lhe deseja bom dia?
Aquele que o ignora?
Que não lhe deseja
Nem uma coisa nem outra?


Quem é o seu inimigo?
Seu amigo?
Seu espelho?

Eu adorava ver
Os reflexos de suas imbecilidades
Num relatório primário
Forjado por primários...

Eu adorava ver
A mediocridade
Estampada
Em sua cara...


Ainda assim
Não saberia quem é o meu inimigo
Não reconheceria sua face
Sua face amiga
Eu não tenho amigos
Não tenho inimigos

A hecatombe começa pela individualidade...

19/10/2008

veborragia inculta

Saber a verdade não o exime de absolutamente nada
Saber a verdade não o faz melhor
Mais capaz
Mais sábio
Ser consciente não é nada
Conhecer a lei da gravidade não quer dizer que possa alterá-la
Saber
Sabidos
Consciência de uma sabedoria inútil
Não o levará a lugar algum
A ignorância seria uma benção
Encurralados lutaríamos
Como bestas selvagens
Se houvesse alguém em nossa frente
Mesmo que nada adiantasse
Pelo menos a ira seria dispersa
Ignorar, além da hecatombe,
É a chave para a libertação humana.
Lembrem-se: as portas não pensam,
Mas existem...

12/10/2008

Temporalidades Questionáveis de Quando em Quando


O que é que lhe diz alguma coisa?
Que lhe grita o passado na cara?
Quando todos os seus sonhos lhe saltam
De seus pensamentos?
E você sente que tudo é uma dor?
Quando o que você sente
Quando o que você pensa
Quando o que você vê
O que queria
Ter visto
Ter pensado
Ter querido
Quando você quer
A vida mais bela?
Quando mais uma vez
Saltam-lhe na cara os sonhos que a vida lhe roubou?
Que levaram de você?
Quando todas as suas perguntas acabam?
Cessam?
E você se cala perante
Toda dúvida que o faz
Sucumbir a qualquer pretensão maior?
Quando é que ser grande já nem
Bastaria?
Importaria?

Quando você se cansa
De todas as perguntas?
De tantas dores?
De tantas perdas?
De tantos estranhos?
Quando você mesmo é um estranho perante o espelho?

Quando você prefere se calar
Para não sentir maiores dores
Porque elas não aliviam mais a o peso da existência?
Quando suas lágrimas
Não caem mais?
Quando todos já estão mortos?

Quando não há para o que apelar?
O viver já não é nada?
Quando o quando se aparta de você ?
E você sublima toda a vida
Ficando suspenso
Nas próprias descrenças?


Quando tudo vira fumaça?
E o pior:
Você nem fuma?

09/10/2008

Refração

Estou preso sempre no mesmo caminho
Sempre nas mesmas canções
Sempre nas mesmas idéias
Sempre preso em mim
E sempre sem querer me libertar
Sempre, sempre no mesmo sempre
Porque meu sempre me deixa sempre o de sempre
Sempre no meu sempre

Sempre preso a pessoas soltas e vãs
Sempre desapegado
Sempre preso
Sempre solto
Sempre só
Sempre acompanhado da angústia
Preso a velhas canções
Que me levam ao mesmo lugar
Aos mesmos cheiros
Às mesmas cores
Às mesmas pessoas
Que são sempre diferentes
A depender da luz
Do foco
Do ângulo
Sempre desfocado
Ah, o mesmo sempre que me inquieta,
Que me cansa
Que cansa a todos
Sempre me cansando mais do que a qualquer um...

26/09/2008

A dúvida é um benifício?
ou seria uma ilusão?
A ilusão disfaçada de ESPERANÇA
Esperança vã e solitária...

Não quero mais nada neste mundo
A desesperança me pegou
Estou quase livre da vontadde
Estou já nem sei o quê

Preferiria me deleitar no benificio da dúvida
A ver tudo tão preto e tão branco...

ô meu deus
Não quero mais nada
Nem os sonHos de criança
(poucas vezes me permitiram sonhar)
Me acompanham
Estou, sem dúvida, sem o benificio da possibilidade
E com a certeza da dúvida de que realmente estou livre da escravidão da vontade
Que alguns chamam de estagnação e mediocridade...

Não querer chegar ao TOPO é Ser mediocre
mas saber que o topo não é nada
que nome seria?

LUTAR ATÉ CHEGAR NO ÁPICE DA MONTNHA
O AR RAREFEITO
AS DORES DE ILUSÃO
PARA QUE SUBIR
SE NO FIM SEMPRE VAI DESCER?
HÁ LOGICA EM ESCALAR MONTANHAS?
HÁ LOGICA EM ESCALAR?
HÁ LOGICA?
HÁ?

As amálgamas mal-feitas

As amálgamas mal-feitas
essa vida que não se endireita
céus, infernos
este inferno de viver
essa vida superficial
A presa fácil
A manipulação condescendente...

Céus, por que tudo que olho é inferno?
Por que tudo que me rodeia é desespero?
Ranger de dentes? Banguelas?

Infernos
de caça às bruxas
querem me pegar
sossegue

todos são alvos...

essa vigilância
este inferno de viver
esse céu de padecer
céus, infernos

eu!!!!

Tão-somente eu!
Nada mais...


Me vejo aterrado ao bater o ponto
meus deus
to tão pequenininho
tão miudinho
procurando um ponto
em que me esconder
estou com medo
desespero

o incerto pelo mais incerto ainda!
O que é essa vida que levo
e que não ouso em chamar de minha?
Não É!
Eu a carrego
...
o que é essa vida que carrego?

21/09/2008

PECADO CAPITAL



Se procurar o semelhante já não é satisfatório, a luta agora é buscar a solidao. O vazio social. Não me interesso por esse preenchimento, já que são todos, no fim, tão vazios. Ou talvez eu seja demasiadamente minúsculo que não os comporte. Eu sou tão inatural . Quero a solid]ao,mas nem isso consigo porque de uma maneira ou de outra há um ente vazio do meu lado preenchendo o nada que me cerca. A luta insana de fazer parte de algo a que não perteço: o azeite e a água não se misturam. Não sou um nem outro. O problema é que não me acho. Mas quereria me achar de alguma maneira?
Estou, agora, à cata do isolamento, ninguém é bom o suficiente para mim e eu não sou bom suficiente para ninguém , que romanticsmo, não é? Estou cansado de processar a matéria. Estou cristalizado no meu lugar, não há nada que se possa mudar porque tudo já esta como está, tudo já é o que é. Não vou a lugar algum. Não estarei do lado de ninguém. Não quero ninguem do meu lado...

E NAO QUERER OS OUTROS É PECADO...

19/09/2008

Desumanização




Para ser mais humano homem tem de deixar de ser homem.
Tem de se aproximar do mais animal possível.
Que seja no grito
Na pancada
O homem deve se desumanizar
Deve se aproximar do primitivo
O grito de liberdade
É animalesco
Matemos em nome do animal que jaz em cada homem
Em cada homem animal
Que morram os homens e gritem os animais
Quanto mais longe da humanidade o homem estiver mais
Mais humano será
Desumanizem o homem
Façam dele um ente novamente
Um ser humano
Não essa maquina de calcular
Essa maquina registradora fraudulenta, frustrada e ambulante

Matem o homem
Sobreviva o animal
O carnal
O mais próximo de deus
É o homem natural
Animal
Animal
Desumanizado

Humano
Guerra
Sede
Fome
Privação
Genocídio
Sórdido
Gula
Ambição vã

Eu não quero essa humanidade
Sou um símio
Um macaco amazônico
Meramente antititânico
Xiita passional?

Vamos desumanizar a humanidade
E trazer de volta sua divindade:
O animal-homem

16/09/2008

OFF

A hecatombe é libertadora. Se todos morressem não haveria a dor da perda. Não haveria luto. Tudo silêncio. Ausência de desespero. A alegria da paz eterna. O gozo extático e estático... Tudo apagado off!!!
Não haveria despedidas... Adeus...
Nada existiria em comunhão com a inexistência.
- o que você com o mundo se o ganhasse de presente?
- jogaria num buraco-negro. E você?
- Não sei. Qual a utilidade dele mesmo?
- Ser jogado num buraco-negro!
- Negro de seus pensamentos esburacados?
- Oi?

Au revoir

Hearts beat
Beat a bit
That bitch
That’s all
Mosh pit
Catch me
Touch me
Don’t touch me
At all
Don’t touch
After all
Everyone’s eyes
Can’t deny
I do not like
Freak pies
.
The color of mine is blue
So am I…
As the flu
The blue
Passes by
Anyway I
Can get by…

Bye-bye
Freak guy!

fast food


Fast food descartáveis
Prático, fácil, rápido e barato, ou quase
Livre-se dos entulhos...
Antes que eles se livrem de você.

“IF you treat me right…
Como o imbecil que sou
Daqui embora vou “
Ah, essa balela não me abate.

“IF you” um cacete!
What IF?
If you if?
If I could say
If you’ll go away
I’ll be the same
Anyway

No blackmails
Disgusting freak…
If I treat you
As a human
If a treat you
anyway
I’m glad to be me
Anyway

05/09/2008

DA FELICIDADE

A FELICIDADE É UM ESTADO DE TORMENTA CEREBRAL
EM QUE VOCÊ CONSEGUE EXERGAR BELEZA
NAS MAIS DURA ASPEREZA DA DOR
OU NO SE CONFORMAR EM ACORDAR DE MADRUGADA
PARA IR TRABALHAR

A FELICIDADE É VER TUDO PRETO E SENTIR TUDO AZUL
SUAVE COMO UMA BRISA...

A FELICIDADE...
NÃO ESTOU FELIZ.
HÁ POUCO EU ESTAVA FELIZ...
CONSCIENTE DE MINHA MISERABILIDADE, MAS ESTAVA FELIZ

AGORA, CONSCIENTE DE MINHA MISERABILIDADE, ESTOU INFELIZ
PORQUE ME CONTENTO EM ESTAR INFELIZ NESSA MISERÁVEL DOR QUE ME ACOMPANHA
E DA DOR DOS QUE NAO ME ACOMPANHAM MAIS
UM CORPO EMARANHADO DE VEIAS E ARTÉRIAS QUE EM UM SEGUNDO VIRA LAMA
UMCORPO QUE SÓ EXISTE PORQUE TEM ALMA, CÉREBRO PENSANTE E CONSCIENTIZANTE DA PRÓPRIA IGNORÂNCIA.

ESTOU TRISTE, MAS CONTENTE EM ESTAR CONSCIENTE E SABER QUE A FELICIDADE
SAO MOMENTOS ROUBADOS DA VIDA QUE QUERÍAMOS E MERECÍAMOS TER...

01/09/2008

Enchentes e Paranóias

Sou facilmente resumível em meia dúzia de palavras. Não por ser tão primário assim, ou por não conhecer outras. O fato é que o que me cerca não merece maiores adjetivações, ou ainda o que sinto é tão sempre o mesmo que me resumo em DOR.
Entretanto, esse resumo, hoje, cabe uma palavra a mais: INDIGNAÇÃO. Estou indignado com essa merda voadora que paira sobre as cabeças. Indignos me cercam . sou muito bom para eles. Tão bom que chego a esquecer a dor, ou até mesmo, a indignação virulenta que me acomete de espasmos e expurgos morais.
Sou facilmente resumível. Me resumo a carne e osso e à carniça vindoura. Ah, mixórdias! De fato , não são tão resumível assim! Em uma dúzia de palavras? Eu não sou resumível. Mas o que sinto e os que me cercam, sim!
Aleives
Labutas
Resignação
Conformismos
Crendices
Estupidez
Idealizações
Ideologia
Idéias
Farsas
“Ismos” ao esmo
credulidades
moral
imoral
carne
sexo
abstinência
loucura
desequilíbrio
Embriaguez
Ébrio
Bodega
Cão
Caça
Mato
Cheia
Enchente
Vazão
Explosão
Represa.
O que há além do mar da alma?

30/08/2008

ESTUFA


As flores me lembram muito mais a morte do qualquer outra coisa. Depositamos FLORES nos féritos das pessoas amadas. Levamos flores ao doentes nos hospitais. Levamos flores a quem amamos, quer numa despedida, quer num encontro. Para este ou aquele serem perfeitos as flores devem estar lá. Não importa muito sua cor. O que importa mesmo é que com toda aquela beleza, ela fere. Assim como todo amor quando não respeitamos as devidas distaâncias de segurança.

A quem você daria uma flor hoje? Nesse momento? Lembre-se que com as rosam vêm os espinhos.

Cônscios nos ferimos e sagramos nas mãos dos que amamos

Cônscios ferimos e sagramos os que amamos...


20/08/2008

RADICADO

NÃO IREI PARA PASÁRGADA

NEM ATRAVESSAREI SUAS

FRONTEIRAS

LÁ , NÃO TEREI

NADA QUE ESCOLHEREI

AFINAL, POR QUE NÃO SOU AMIGO DO REI?!

COM MOINHOS DE VENTO NÃO LUTAREI

DE QUALQUER FORMA NÃO SOU AMIGO

DO TAL REI.

NEM HOSPEDEIRO SEREI.

NÃO SOU AMIGO DO REI.

SER AMIGO JÁ NÃO ADIANTA

PASÁRGADA JÁ NÃO É SANTA

UM PUTEIRO NÃO ME ACALANTA

VOU SOÇOBRAR EM OUTRA ESPERANÇA.

LÁ NÃO HAVERÁ REIS OU LEIS

SÓ HAVERÁ eu.

SEREI O ESTADO

E O MEU REI

SEREI O ESTADO DE LASCÍVIA

VOU-ME EMBORA PRA EGÓPOLIS

LÁ O MEU EGO É REI

E DORMIREI NA CAMA QUE ESCOLHEREI

PORQUE LÁ NÃO SOU AMIGO DO REI.

DORMIREI COM QUEM EU QUISER

E TALVEZ NEM DORMIREI

ORA, SE SOU REI

EU APENAS FERNANDEAREI...

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15/08/2008

ME EMPRESTE O SEU ESPELHO

EUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEUEU

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E O RESTO É VERBO.

ENTENDEU, PORRA?!

14/08/2008

"O Quintal da Mãe Joana"

É! Você está com razão. A sua moral, se souber diferenciá-la da Ética, e creio que você tem a ambas, esté muito bem amparada no âmago de sua pífia existência. Já se dizia há muito que “justiça é a conveniência do mais forte”; se esta vem com moral ou não, não nos diz respeito. Caluda...

Os imbecis éticos, os imbecis pseudo-éticos deveriam saber que nem sempre o legal é moral e vice-versa. Mas, quem liga? Quando se pode apontar o dedo para a cara do outro lá do alto de sua medíocre mediocridade. É, um sorriso já me basta. Sabia que você está certo? Sabia que rejeitam? Que você amola muita gente? E com essa amolação há tantas pessoas ficando afiadas? Afiadas para ouvir suas conversinhas de quinta categoria calados. Afinal não se deve atirar uma só única pedra contra imbecis de planto. Eles estão “on charge”. Apenas fazendo o trabalho sujo que alguém, penosamente, tem de fazer.

Se liberdade é o que você sente quando não há mais nada a perder, sou inteiramente livre... Livre de idéias medíocres. Ò senhor, dai-me paciência para aceitar as coisas como elas são: sujas, estáticas, duvidosas, cheias de manobras clandestinas para se chegar ao poder! Ó senhor, dê-me muita, mas muita indiferença para eu temperar esse caldo de ignotas, para passar através deles e fingir que eles são superiores. Deixe-me livre da média dos homens-de-bem-condescendentes... Dos que usam o poder, que lançam mão dele para angariar seus objetivos.

Ó, Senhor, qual mediano são os rasos de pensamento.

Quão enganados estão os que se acham grande, grandes, Senhor!!!!

Seara de grandes homens de mulheres,

Celeumas

Aneurismas patronais

They ´ve got the “POWER”

Lançar mão dele

Na sua cara ordinária. Ó, senhor

Paralelismos, paradoxismos, paranóias,

Para nós

Caluda!

Vocês são livres para aceitar as suas ordens!

Obedeçam, cretinos!!

Por que me envolvo com tantos “ass holes”?

É para me sentir superior.

Se você é estúpido

A única maneira de se sentir menos estúpido

E encontrando seres mais estúpidos ainda

Veja aquela porta.

Tão indiferente.

Deus a dotou de estupidez silenciosa

Tão silenciosas que são cáusticas e

sarcásticas

Ah! As portas, senhor.

As portas retas ou

Tortas

E quando não se há mais esquerda resta-nos a

Tortura

Quando eu nasci, um anjos, desses que andam nas casas de gente-de-bem-servis, não me Disse nada,

Na verdade ele me ignorou.

Anjo não anda em casa de pobre.

Sou pobre, sim!

Recuso-me

Ascender pleo “hospederismo”, no entanto.

Não, sem duvida,não chegarei lá.

Minhas notas são todas destoadas.

Desafinadas.

Vivam a moral e a ética exacerbadas e desiludidas de qualquer preceito Moral

real,

"só na rima”!

Ô filho da puta, achas, por acaso, que estais

em

Teu quintal?

13/08/2008

ARRE-ARRE-ARRE-ARRE-ARRE

ARRE-ARRE-ARRE-ARRE-ARRE

Tudo mudou e como mudou

O sol sempre nasce ao Leste

O sol sempre se põe ao Oeste

Em alguns dias haverá chuva

Em outros, apenas seca

E eu um dia certamente estarei contente

E no mesmo dia ainda estarei triste

No momento seguinte estarei tal como sempre fui:

Vazio e sem forma por dentro

Olhando radiante pela janela que dá vista para a parede

Que me faz lembrar que estou encurralado.

Sem lado, sem sentido.

Mas tudo mudou

Minha dor agora é mais solitária do nunca.

A minha dor ou a dos outros nunca doem,

O que muda é que só a sua dor dói.

Sinta-a até o seu último segundo.

Assim estará sentindo algo.

Idiota!

PRAGAMATISMOS ARTIFICIAIS

Eu fio

Eu teço

Eu corto

Me gritaram as Parcas

De vidas não menos parcas do que a minha. Elas fazem alguma coisa, ainda.

Elas matam, elas criam e destroem... Lançam fora tudo ao seu bel-prazer.Elas sentem. E quem não sente? Quem não fia, Quem não tece nem corta? Quem vai se levando amarrado aos tecidos dos outros, agarrados a fios toscos, esquálidas fazendas?

Aridez de pensamentos. Fios partidos. Tecidos rasgados, gastos pelo tempo.

É! Você que disse que não mais teceria, bem que anda tecendo.

Veludos? Chitas? Seda? Algodão cru?

É ! eu que não teço, apenas espero a hora do corte e que saber? Já estou farto. Essas putas de beiras de lagos, são tão artificiais quanto eles. E quem não é? A-R-I-T-F-I-C-I-A-L /ARTIFICIALIDADES tudo exatamente pré-moldado. O molde da superficialidade ordeira e cardeal, a polidez de caras-de-pau.

Mas quando é que me terão cortado?

05/08/2008

Oops Boop

Fantasmas tripudiam

Fantasmas riem

Fantasmas trucidam-me

Mas já estão mortos

Meu lenitivo?

Mitigado

Mito?

Mistificado?

O sono desaparece, me prendo à uma tela inútil

O sono não se prende a mim que saco!

A terra dos sonhos

A terra dos meus pesadelos que me dizem que algo vai acontecer...

O que será?

A vidência só me revela falências...

Rimas podres, pobres

Fantasmas me rondam

Rodeiam-me

Boooooooooooo, boooooooooooooooooo, booooooooooooooooooooooooooooooooooo

Just wake up,man! Men!

Spook, spooky, boo! Spookish

Ops, spoof…

Spoon-fed boy

Spoon of glory

Spoon of spoony

Pooh… toot the bell

What a hell!!!

Hellcat

What a hell

Hellfire

You gonna burn in there

There’s no sleep there

Don’t care

Don´t be there

No dreams, babe

Only nightmare

Dismal

small

It’s a soul

Don´t sleep

in

There….

Booooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

Oomph...off

04/08/2008

Lamas lascivas

A chuva cai lentamente. Forma lama. E quem liga? Bitches! Talvez sinta muito, mas muito pouco mesmo por qualquer coisa que tenha acontecido. Ainda que nada tenha acontecido. Só minha consciência pesada. Medo de errar. Medo do erro. Some mistakes are left… E esses que me restam me fazem perder o sono, ou me farão perder a vida que nunca tive; lamentável tal circunstância circense . Latente em mim o palhaço que sempre fui. Ria de mim. Goze em minhas chagas. Sou prolixo, redundante, evasivo, invasivo, e no fim: apático...

Em meio, digo, embaixo dos pés que me pisam, vou rolando envolto a ceticismos , sangrando o suor da desesperança. Sem caminhar, sem caminhos, you bitch! Cataclismos, hecatombes de existências fúteis. Produzamos para sermos poupados!!!!

O inevitável sempre acontece... sempre me frustro no lazer ridículo a que me proponho e me proponho a momentos lascivos tão parcos.... sou falho, perdão, Pai! Pequei !! Pequei contra as minhas crenças. Pois não acredito mais nelas. Who cares?

27/07/2008

ininteligibilidade




No momento a palavra que mais me define é incompreensão. Estou perdendo a pouca capacidade que tinha de compreender as pessoas e o existir de cada um delas e de sua totalidade. Não me compreendo mais, e agora é por completo.

O inexistir me fez assim tão incompreensível.

E no fim?

O que é o maldito fim?




10/07/2008

Azul Marinho


Seu mar é verde

Seu mar arde

Seu mar ferve

Seu mar ver

Meu mar é salgado

De lágrimas

Falsas

De esperanças débeis

Meu mar

Na verdade não é um

Mar

É um quarto escuro

No meu mundo

Tudo é um mar

Porque nele me afogo

Porque tudo me sufoca

Tudo me afoga

Meu mar é negro

É morto


Verde...


Nem a esperança...

De um sonho emprestado

Mudaria as minhas cores...

08/07/2008

Et Allons!

Já escolheu o

De qual tamanho será que somos?
Paira certo relativismo. Mas acho que somos do tamanho que queremos ser.
Na vida de algumas pessoas podemos ser gigantes
nas de outros não passamos de anões ou menores ainda.
A vida está por um fio e nos prendemos a coisas mais frágeis ainda, mais insignificantes, tais com mágoa, egoísmo etc, não acha?
Mas isso tudo acontece para que não percamos a fé, a esperança na humanidade, brotherhood...
Não entendi sua partida tão súbita, (reprise)
Ah, dizem que tudo já foi dito e feito, não nos prendamos a ineditismos, não é?
A vida está por um fio e a navalha da morte é muito mais forte do que ele, ceifa-se em microssegundos...



"Enfin, je demanderai pardon pour m´être nourri de mensoge. et allons"


30/06/2008

CARCARÁ

QUANDO EU MORRER, QUANDO EU ENVELHER

JÁ SEREI O COMPLETO ESTRANHO

PARA MIM

PARA O MUNDO

NÃO TEREI MAIS NENHUMA REFERÊNCIA VIVA

JÁ NÃO ESTAREI MAIS VIVO

HÁ ANOS

QUANDO EU MORRER

QUANDO ESTIVER VELHO

SE FICAR

JÁ NÃO SEREI NADA

NADA ALÉM DO QUE FUI A VIDA INTEIRA:

NADA

A BODEGA NÃO FECHARÁ AS PORTAS À PASSAGEM DO FÉRITO

LAGRIMAS NÃO SERÃO DERRAMADAS

SOU

SEREI UM ESTREANHO

ESTRANHO

O EGOÍSMO DE UMA VIDA

VIVIDA PELA METADE

COM MEDO

E IGNORANDO A ORIGEM DESSE

MEDO!!!!

MEDO?

MEDO...

QUANDO EU MORRER

NEM SENTIREI MINHA FALTA

NÃO POSSO ESPERAR QUE O FAÇAM POR MIM...

QUANDO FECHARAM O TÚMULO

AS CHAGAS APODRECEREM

NÃO SEREI MAIS EU

E NÃO SEREI NADA

NÃO ESTAREI NAS LEMBRANÇAS DE NINGUÉM

NUNCA TIVE NINGUÉM

NINGUÉM NUNCA ME DEIXOU TÊ-LO

QUANDO EU EVELHECER SÓ TERIE A VELHICE.

NÃO DEIXAREI NADA PORQUE OS ABÚTRES POSSAM BRIGAR,

OS DESPOJOS DE UM CORPO VENCIDO PELA GUERRA DA VIDA SERÃO DE QUEM?

QUEM VAI QUERER ALGO?

EU NUNCA QUIS!!!

TIVE UM DIA ATRÁS DO OUTRO ENTRE UM NOITE ESCURA E QUENTE, SEM VENTO SEM CHERO , SEM AROMA DE VIDA,

SÓ DE ESCURIDÃO ACINZENTADA.

O VÔMITO NUNCA VEIO

NUNCA VIRÁ

SÓ A VONTADE DE VIVER

VIDA QUE NAO TIVE

NÃO TEREI

SEREI PLENO

NA CAL...

07/06/2008

O estertor deu lugar a mais pura dor
A esperança se partiu

o fio findou
O que sobrou foi a lama podre da morte

A dor da inexistência supera a dor do existir
O estertor se calou
Soçobrou a vida num estalido
Na frialdade do descaso
O mundo não se acaba
Acaba quem se cala
Você se calou

Mas sempre vou ouvi-la!

25/05/2008

estertor

No bafo do estertor
Da contradição existencial.
Tudo é crucial
Sem métrica
o bafejo da esquelética
grita na antidialética
só sua vontade tem vez
inexiste um talvez

Quem sabe exista
Pendurado num fio de

EsperanÇA


A esperança
de que ela se afaste
caquética para longe
daqueles que amamos
sem sobrenome
apenas com o amor puro do amar
a indesejada nao se aproxime
barrada por um fio
da ultima que se acaba...

09/05/2008

Prazer é defctivo


O prazer tem vários nomes. Várias maneiras, jeitos de se manifestar, vários fetiches.

Nesse momento as pontas dos meus dedos doem, sangram. A unicofagia é patente em meus hábitos, acho, algumas vezes, que beiro a antropofagia. Tiro sangue dos meus dedos/unhas. Um prazer dolorido deixa escorrer uma lagrima do canto do meu olho. Mas continuo, afinal não há prazer sem dor. E nesse momento a dor é o próprio prazer . O masoquismo faz parte. Apenas não sei em que momento comecei a arrancar as unhas com meus próprios dentes e achar isso um atenuante para outras dores que transcorrem em meu ser.

Uns sobem montanhas, saltam de pára-quedas. Eu estraçalho as minhas unhas com meus dentes, prático e barato. Aquele gosto de ferrugem do sangue que sai pelos cantos dos dedos é extático. Será que sou hematófago?

Prazer maior mesmo, só em não fazer, absolutamente, nada. Ocioso, nem sair, nem entrar, nem roer as unhas. . .

O prazer se manifestas em várias nuances... até na tristeza se tem prazer...

04/05/2008

MITONAUTA


Há em mim mundos diversos, tantos que alguns deles nem ouso entrar, circundar.

Há em mim tantas pessoas, que muitas desconheço, ignoro ou tenho medo. E dentro de umas dessas pessoas, confesso que tive, em algum momento de minha existência, o que costumam chamar de sonhos. Sim! Tive alguns sonhos que se esvaeceram com o passar dos anos. Nessa lonjura de anos já vi todos os tipos de (in)verdades que já não me permitem mais sonhar. Os sonhos estão todos sepultados. Vive-se cada sonho com a esperança do próximo dia não chegar... Não tenho pressa...

MITONAUTA

Há em mim mundos diversos, tantos que alguns deles nem ouso entrar, circundar.

Há em mintas tantas pessoas, que muitas desconheço, ignoro ou tenho medo. E dentro de umas dessas pessoas, confesso que tive, em algum momento de minha existência, o que costumam chamar de sonhos. Sim! Tive alguns sonhos que se esvaeceram com o passar dos anos. Nessa lonjura de anos já vi todos os tipos de (in)verdades que já não me permitem mais sonhar. Os sonhos estão todos sepultados. Vive-se cada com a esperança do próximo dia não chegar... Não tenho pressa...

13/04/2008

VIVER É EVITAR A MORTE


Viver é evitar a morte (13.04.2008)

Se é verdade, acho que não sei até quando vou suportar esta luta injusta. Perdas constantes de referências de infância, coisas de criança, pessoas de criança me somem o tempo todo. Deixo coisas para trás, sou deixado para trás em nome da sobrevivência. Sobreviver a quê? A mim mesmo? Já não resisto. Ao outro? Já não resisto.

Retalhos, pedaços de meias-verdades , de uma verdade inexistente. Onde nos perdemos que não mais nos encontramos? Quem vai sobreviver mais? Aquele que mais esquecer? Que mais deixar outros para trás?

Morrer é alcançar a vida...

07/04/2008

O PASSAR DO TEMPO


COISAS , SERES, IDÉIAS MORREM, SE ACABAM O TEMPO TODO. SE REPARAR BEM, ESSA MUDANÇA PERENE É ANGUSTIANTE. ESTAMOS DE LUTO O TEMPO TODO, POIS A TODO MOMENTO ALGUÉM MORRE, ALGO DEIXA DE EXISTIR, VOCÊ PÁRA DE EXISTIR, AS PESSOAS QUE VOCÊ EGOISTICAMENTE MAIS AMA, PARAM DE EXISTIR, DE REPENTE NÃO MAIS DO QUE NO REPENTE... E NA ANGÚSTIA PERENAL A DOR DO INEXISTIR SUPERA A DOR DO EXISTIR. VIVER É EVITAR A MORTE. NO ENTANTO É UM DESVIO INÚTIL : "LIFE IS JUST A DREM ON THE WAY OF DEATH". E ONDE ELA ESTÁ? NÃO SABEMOS NUNCA, DAÍ NAO SE EVITA A MORTE, SE MORRE E DEIXA OS VIVOS MORRENDO UM POUCO A CADA DIA , AGORA DA DOR DO INEXISTIR E EXISTIR AO MESMO TEMPO. A DOR DA PERDA, E A DOR DOS RESTOS QUE FICAM VIVOS. HÁ RESTOS DE TUDO POR TODA PARTE. MORRE-SE MAS NAO SE DEIXA DE (IN)EXISTIR...

31/03/2008


Meço os paços

Por que me impeço de caminhar?

Peso os passos

Piso leve

Porque não quero ser pesado

Porque não quero levar nada tão resolutamente

A sério

Mas meus passos são como chumbo

Meus pensamentos plumas

Passo com todo peso

Mas não me noto

Não faço nota

Tudo destoa

Porque tudo o que eu faço

Faço à toa

Busco rimas toscas

Esquálidas, pálidas

Tímidas, inúteis

Os meus passos são leves e são pesados

Leves porque não me tiram do lugar


Pesados porque não me deixam sair...


Meço, peso, pondero os passos

E não passo

E não fico...

Paralisia

Disritmia

Agonia

Meus passos são leves

Os meus pensamentos

Que pensam

Que pensam

Que são profundos

Fundos...



Me afundam....


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