13/12/2020

Interrupções e paranóias aleatórias decapitadoras

 Interrompo 

Atrapalho 

Arrrasto-me 

Entrevejo-me algures 

Não aqui, não ali 

Nem sei onde .

Interrompo

Atrapalho 

Seus passos , sua grandeza. 

Fácil, amor! Fácil. 

Adeus !

E se cura a dor 

 E tudo pode ser como você deseja 

Como for . 

Adeus é um atalho.

Simples e quase indolor .

Melhor que não sentir calor 

E ser um tambor: barulhento e oco.








28/09/2020

De súbito

Hoje estou triste como se tivesse descoberto a tristeza da vida hoje. 
Hoje estou triste com uma dor verde-acizentada.

 Estou triste como quem sabe que nasceu para morrer em vão ( e quem não?) 
Triste como quem sabe 
Que se vive em vão.

27/09/2020

Viagens

Viajar é uma coisa engraçada. a princípio o estranhamento, a novidade. Depois as coisas se assentam, cristalizam e o que você mais quer é voltar para casa. O que você não suporta é a sua própria companhia. Assim sendo , qualquer lugar será a sua não casa. Até a sua casa é um estranho pra você. A vida é esse estranho que nos invade a casa e invadidos queremos fugir. Não há como fugir de si. Voltar pra casa é a melhor parte de qualquer viagem. partir e voltar, partido e experenciado, sem esperança.Porque qualquer coisa é sempre a mesma coisa. Qualquer lugar que eu vá, estarei eu lá com essa cara de quem não morre, nem vive. Apenas respira.

08/09/2020

Olvidado

 Esqueci seu nome


Seu rosto


Seu cheiro, sua voz


Sua boca. 

Esqueci de você


Que nunca existiu e 

Não existe mais!


22/08/2020

Véus, membranas e separações

 Não consigo romper o véu que nos separa. Há algo entre nós, ainda assim, há uma coisa que  separa. Uma membrana existencial que não  nos permite o toque sincero, verdadeiro, real de que qualquer relação precisa. 

O viver assustado, a prontidão de defesa carrega em si muitas coisas suspeitas. E suspeito muito, demasiadamente .

Dormir com quem não se confia cria neuroses horrendas, feridas doloridas. Senhas de celular trocadas hodiernamente. O que tanto esconde? Vá viver sua vida livre de mim. Deixe-me viver a minha vida dentro de mim. 

Deve ser horrível fingir amor e ter tantos segredos, tantas conversas paralelas, tantos ruídos em uma relação que é dúbia, duvidosa, que vacila, que vive à beira da descoberta. Deve ser horrível saber que nunca está no mesmo lugar em que seu corpo está. Está em outros lugares, algures mas nunca, jamais no presente.  É passado, é futuro, é tela de celular , mas nunca é presente. 

Somos possibilidades impossíveis . Somos mundos inexistentes. Eu sei disso. Eu sinto isso. Eu vejo isso. 

Não há amor onde não há sinceridade, confiança e respeito. Há presenças físicas, às vezes, mas até isso pesa fingir. 

17/03/2020

Um bolinho

Essa solidão de uma carneira caiada. Que carcome as carnes podres, lindamente branco por fora. Fétido e podre por dentro. A solidão me devora por dentro num mundo imagético em que minha imagem se  confunde com  fundos e figuras esquálidas.  Um vício maldito me assola como um verme que  consome o último pedaço de carne podre.
Me pergunto o que faço com tanta dor se tenho tanto amor  sem destino. Dói. A dor dói quando não se tem destinatário para o amor. Pois amar é sempre solitário e eu não quero mais solidão. Talvez servir um pedaço de bolo me deixe um pouco mais menos solitário.

09/03/2020

Vazio

Não é por você , ou por ninguém .
O ar me pesa nos pulmões. As pálpebras me pesam nos olhos , as lágrimas descem inundando o mar. Não tenho a quem pedir socorro. Tangi tanto você para longe e me disseram: você vai se ver com esse aí . Não , não me vejo, me arraso. Com os olhos inundados não posso ver nada. Não sinto nada. Uma alma perdida cuja direção eu que dei . Eu que fui farol. A vida é uma bosta irônica. Tantas vezes que lhe expulsei e lentamente você tramava o golpe fatal. Mal há Almir em SP ou em qualquer outra capital. É ilusão. Estão fadados a estarmos só. Nessa maldita multidão de solitários  caolhos que não se enxergam , só a seus propósitos.  Amar é verbo defectivo. Não haverá mais sorriso que caiba no meus ouvidos. Não haverá mais nada que me fará acreditar em mentiras um segundo, sequer. Amar não é verbo. Amar é corrente. Que afundo junto com você na mais das abissais fossas oceânicas. Amar é perder A respiração e continuar a respirar porque a pobreza e a fraqueza lhe obrigam a bater o ponto e como um zumbi você vai levando o resto que lhe chamam de vida. O cinza amarelado que cobre a dor da gordura do seu coração. Amarelo é a dor da gordura cardíaca. Um dia ela entope e para tudo. Porque eu não vejo sentido em dormir sempre do mesmo lado da cama e o outro sempre vazio.

08/03/2020

A hora é agora

Querer o que se tem. Querer estar onde se está é crime. Temos que querer o que não temos . Morar onde não podemos . Querer o impossível , competir com Hércules , porque se assim não o for somos medíocres. Somos fracassados. Mas esquecem que se não fracassados, somos escravos dessas vontades tolas. Temos que ir para o sul, para o norte. Temos que sermos ser cidadãos de segunda classe algures . E fingir que chegamos lá. Temos  que não nos conformar com nossa casa de subúrbio já quitada. Temos que entrar na roda do capital especulativo para satisfazer desejos escusos de terceiros e de quartos ...
A satisfação é um pecado. Buscar a felicsde é o que constitue o verdadeiro caminho. Não sou nem serei pedra no caminho de ninguém. Me deixe aqui. Ensimesmado. Com minhas graduaçõezinhas. Com meu salário pífio que paga minha comida. Sou proletário. Meus arroubos de classe médio se desfizeram no manifesto comunista. Nem precisei ler O Capital. Me resigno com toda essa miséria em não me reproduzir . Em não reproduzir papéis que esperam que eu reproduza. Cansei. Melhor seria que não demorasse.
Amor não paga contas.  Licenciaturazinhas pagam até aqui. Corra atrás de seu bachareladozão. Na próxima nos encontramos , ou não. O futuro é incerto. A vida é incerta
 É dolorida
 É fingida
 É um balaio de coisas que não sei o nome. É um balaio de coisas cortantes , dilacerantes. A sua demora é só mentira . Melhor partir
 O quanto antes. Sem choro nem vela.
No fim a vida é uma cova rasa.
Vai-te embora.






23/02/2020

Prosa em linha torta


Não sou muito de prosa, pois sou precoce, sou direto, e por vezes e horas, até grosso. Mas hoje eu seria de prosa. Seria uma prosa devastadora, um cataclismo voraz  que como nas delongas de uma romance iria carcomendo as histórias, como em um fenômeno autofágico.
Não sou de delongas, não sei explicar, já entendo... E se eu entendo qualquer seria capaz de entender tudo. Não considero de extraordinário nada daquilo que eu  possa fazer, não acho pelo menos nos outros... Já em mim... Ah, continuo sem achar nada ainda. Porque de fato não procuro. Minha vida não tem sido procura, vez ou outra ate que acho algo, e que nem gostaria de ter achado, outras que nem gostaria de ter perdido, pois essa massacrante  historia de que o passado, sempre com aquele tom melancólico, foi de certa forma, ainda que em idéia, melhor do que  o dolorido presente, porque a dor do passado não dói, o passado só existe em  na dor que passou, enlutada e já esquecida. Ah, a prosa, corre solta, disfarçada procurando meios, enleios para dizer o que a poesia dia assim do nada, num simples: “eu te amo”. Mas a vida em prosa não se resume a um simples “eu te amo”. Vai envolver um “eu”, “um você” e todos os o outros que são a favor ou contra, ou os ainda se fazem de Suíça. E e ela, a poesia, nem só de “eu te amo” vive persiste num sonho de um lado só, num acordado só: A dor dos outros não dói. E por que o amor teria companhia nessa desventura que antes mesmo de começar já esta fadado ao fracasso? A o amor, a prosa, a poesia, a vida: será que eles tem em comum?
Nem sei, eu ao tenho nada em comum com ninguém em lugar algum, o ente alienígena que vaga assim diferente de todos em todo canto. Viverei a síndrome de avestruz. Assim, assim... vou proseando, assim assim...


22/02/2020

Personas

Ando assim. Às  vezes choro, às  vezes grito. Às  vezes corro. Às  vezes paro. Na maior parte da vida paro. Choro. Sou triste porque não saio do lugar. Porque sou sempre o mesmo, por em mim jazem cataclismas violentos, inertes, que me disfiguram o cérebro. Grito agonizando no próprio  silêncio.  Uma música, um poema, um parágrafo, algo assim me faz chorar porque me sinto só é incompreendido. Porém cabido ali naquele verso doido que alguém escreveu ou que até mesmo eu escrevi. Sempre me vejo só. Isso me dói. Num mundo onde todos são falsamente acompanhados e eu verdadeiramente só não me dá  muitas opções senão calar e chorar o choro dos vencidos,  dos perdido, dos que não cabem em lugar algum, dos que não têm par em coisa alguma nisso tudo. É  carnaval e eu não tenho meu arlequim,  é  carnal e eu só tenho máscaras de tristeza. Mas quando passar o carnaval elas continuarão comigo resto do ano até o feliz ano novo do maldito script a que estamos presos. É  carnaval e eu não estou feliz. Estou só como a mais longínquas das estrelas e tão perto de qualquer coisa eu estou e invisível  e inútil e vazio e perecível e invejoso e dispensável e nulo e podre sou.
É carnaval só choro, nem reza nem vela só escuro atrás dessa máscara que não sei o que esconde. Choro ouvindo uma música que não foi feita pra mim. Mas cujo versos traduzem o que sinto: abandono! Sideral! Autoquíria. Coragem! Sideral!

Por que estamos aqui?

Um amor que não aguenta a uma tela de celular.  Um amor que não resiste a uma olhada a uma tela de celular. Um amor exibicionista de ex-fodas. Que tudo veem. Tela apagada no menor movimento. Diálogos parcos. Mas o amor é  meu... Mas o ego não resiste, como a tela não resiste, como a verdade não resiste. Como essa farsa não resistirá.  Libertas quæ sera tamen. Não vivo de esmolas , de toques disfarçados . De olhares oblíquos de Morais idem. Adeus.

14/02/2020

Veritas

Naquele momento de  fúria que escapole a verdade. O cuspe,o ódio. Você é  um verme! 
Terrivelmente as tentativas de ofensas falham. Assim como falham as tentativas  de amor. Tratativas... detrator amor... às vezes em estados volitivos dignos do egoísmo de uma criança de 4 anos se pretende afável, se pretende ser o que não se sustenta por minutos. Ah, a liquidez, esse eterno entornar...
A gente se esvazia. Promessa de sexo em troca de favores fúteis. Promessas... Ao que cheguei?
Vou derrubar algumas paredes; pintar outras. O que não mudo por dentro pinto por fora. E vou assim seguindo esse determinismo ambiental derrubando para não ser tão ambientalmente determinista. Afinal derrubo paredes, ergo outras é me finjo,  me ergo outro. Vou lutando para não me fingir esperando a hora da morte que hora tarda, hora se aproxima. Vou sendo, eternamente me sendo até hora que meu último suspiro me for concedido ou em que eu me livre dele, me tome pelas rédeas a vida e  me adentre no reino de hades.  Mortífero como as labaredas da vida me entrego à morte sorridentemente.  Porque triste mesmo é  viver triste e apagado.

01/02/2020

Sideral

Antes eu me importava quando o gozo não vinha. Hoje eu gozo e vou embora. O prazer e a dor são solitários. Tudo é só nesse mundo. Um par de fones de ouvidos resolve tudo. Isola você do resto ou resto de você. Finge-se demência, adolescência tardia ou algo que lho valha. E mete o louco , vai embora. Se vai. Goza no passado. Deixa no passo tudo, até as possibilidades. Esquece também as possibilidades. Se entrega ao calor, ao esquecimento da noite. Aos antidepressivos. O gozo é sempre tão pretérito. Planos? Não os tenho. Não os faço. Não quero saber nem o que  vou almoçar nem onde.
Às vezes o gozo não vem. Às vezes insisto nisso. Perda de tempo. É vazio. É vazio. Repetitivo. Vai e vem , vai e vem. -, é que sou pós 11 de setembro.  Eu sou pós-geurra. Eu sou do nordeste mesmo. Da fome. Da seca. Da invasões de SP. Das palafitas de Santos. 11 de setembro? Não me espanta. Não me espantou. Não durmo. Demoro a dormir . Escuto roncos. O gozo não veio e já não me importo mais. Eu senti o meu. No passado. E é sempre assim: no passado. Por que qualquer coisa que fuja além da possibilidade do passado ou do futuro não existe. Todo amor tem o mesmo gosto. Porque o gosto é seu. É você quem sente. Por isso que é solitário. Ser é isto: eterna sensação de esvaziamento. Vazio.  Vazio. Sideral.
Não ousarei dizer ouvir estrelas, que coisa mais sem nexo. Mas se parasse para escuta-las, de repente , quem sabe, não as escutaria. Esquizofrenia pura, quiçá. Mas me sentiria um pouco mais acompanhado. Vozes na minha cabeça. Vozes siderais.  Amar é sempre um ato solitário. Amar é voluntário. Amar é um balde, de balde, tentando permanecer cheio. Mas embalde , embalde.   Verte-se todo povir, todo devir, todo vir a ser em nada. Vazio. Sideral.
Ouvi uma estrela. Eu e ela somos tão solitários. Ela brilha e eu tão apagado. Mas vamos morrer. Tanto eu como ela. Eu lhe segredei. Também já fui estrela. Também já brilhei.  Hoje estou apagado.  Contento-me, ora pois, você também vai se apagar. Todos já fomos brasas. E toda brasa vira carvão.
Ela não me respondeu. Ficou muda. Ora, ora, não ouço mais a estrela. Ficou com medo a coitada. Tudo se apaga. Não se engane. Mesmo no silêncio tudo se consome. Grite. Fale comigo. Eu ainda consigo ver seu brilho. Já era tarde, era um brilho sem graça, quase transparente verde-cana-limão. Com cheiro de infância. Ela se desprendeu de mim. Não vi mais seu brilho. Eu também já fui uma estrela. E hoje nem sei o que sou. Sei que não brilho. Nem aqueço. Apagado. Sideral.
Ensurdecedor. Ousarei ainda dizer ouvir estrelas, e mais, fui uma. Hoje?
Não importa.

28/01/2020

Cremar

O barulho do já tão fatigado ventilador, trac, trac . E eu ensimesmado olhando calado para o teto. Olhando para dentro de mim, perdido. Com medo de dormir,pois mais tarde hei de acordar, e fico ansioso e não durmo porque não queria acordar, vou escutando barulhos, latidos, latidos, tosses, ouço as batidas fatidicas do meu coração e um certo pigarro na garganta. Ouço também bem lá no fundo. Minto. Bem à flor da pele, sinto um desespero de deitar a cabeça ao forno e ter com Hades. Me aliviar fosse  do que fosse. Tudo isso aqui é dor como for. Tudo isso aqui é um estrangeirismo carcomido por mentiras de vésperas e mentiras de amanhã.  Estelionatários emocionais. Surtos psicóticos . Realidades paralelas. Querelas, perrengues. Velas sem barcos. Velas e escuros. Não há para onde escapar.  Sem remos, sem remadas. Tudo é só. Tudo é véspera. Tudo é escarro. Lama.
Redemoinhos em mim. Tonto, tonto, o que sei de mim ? Tonteria.  Vou girando no meu próprio eixo. Que eixo? Arre! Não quero ser enterrado. O fogo deve ser purificador, libertador. Toda essa existência . Todo esse mal estar. Todo esse estar aqui para nada , por nada e por ninguém. Toda essa véspera. Toda essa véspera. Meus pés estão gelados , mas a noite vai quente. Deitam quentes meus pesadelos. Sonhos? Quimeras! Serpentes de mil cabeças. De mil mentiras , de mil interesses, mas não o meu interesse. São os segredos de 22° de giro para esconder o apego a um like de bosta. A um elogio falso. A um uso descartável de um corpo frágil de um ego frágil. De uma vida frágil. I made you in a sort of way.
Likes são afetos pelos quais alguns vivem e outros morrem... Morremos.
Não ter mais senha no celular é libertador.

25/01/2020

Oi, Narciso

" toda máscara tem bucaros por onde deixa escapar a verdade". Não sou só o motorista. Sou também o mantenedor miúdo, que me  preocupo com coisas miúdas, e oras, vejam só, essas coisas miúdas sempre precisam estar por perto. Sou também o fotógrafo provedor de likes alheios. Mas eu que sou o low-self-worth.
Agora sou garçom de likes. Em troca, reparem bem , de uns elogios superficiais , para uma vida idem.
O ecrã é visualizado antes de mim nas manhãs. Por último nas noites. Durantes nas conversas. Porque meu comportamento é disruptivo.
É estranho, pois não vivo da esperança do que não tenho, dos likes que recebo ou não. Não vivo desesperadamente photoshooting myself ALL the time. Tampouco obrigando a quem quer que seja a fazê-lo sobre pretexto de habilidades inexistentes. Para suprir necessidades exibicionistas que beiram o narcisismo.
Sou mais do que o motorista. Do que o fotógrafo, do que o idiota que vive a esperar pelo um pouco de afeto e de sexo. Sou mais que elogios superficiais antes de uma pegada de câmera fotográfica e cabelos molhados e poses repetidas. - tire fotos minhas. Você é bom nisso. Não, Darling. Não sou bom nisso, nem em qualquer outra coisa no mundo. E também não sou cego.

07/01/2020

A mordida do cachorro: o afeto que me resta

O único afeto que me sobrou foi do cachorro que não gosta de mim , mas que gosta de mim, que me olha quando lhe dou alimento. Seus olhares me fingem amor, mas é  só desejo de alimento. É  sempre isso: um desejo a ser suprido. Nem o cão me ama como sou, a autenticidade, tem seu preço.
Cadáveres insepultos, covas rasas. Tudo mundo tem direito de ser sepultado. Todo amor tem direito de ser sepultado.
Eu tenho direito de ser sepultado. É o único direito a respeito que eu tenho. Não adeque a mim. Não se encaixe em mim. A vida não é  isso. Não me satisfaça. As pessoas se juntam para de decladiarem  e serem lindas uma com as outras . As pessoas são feias. As pessoas, você é  uma pessoa. Somos feios. Infelizes. A felicidade é uma ilusão  que seja uma ilusão solitária. É mais verdadeira.
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02/01/2020

O spleen me assola , o mal do século  que já findou há longa data sobrevive em mim. Me dilacera.  Esse monstro que  que me quer morto. Eu me quero morto. Duvido da mais "bondosa alma", da mais mal trapilha alma. Porra! Não me aguento de pé.  Estou de joelhos esperando ser ceifado pelo pescoço.  Um vintém,  minha vida não vale nada.
Promessas vãs.  Amores dúbios. Amores de telas de cristais líquidos.