13/08/2008

PRAGAMATISMOS ARTIFICIAIS

Eu fio

Eu teço

Eu corto

Me gritaram as Parcas

De vidas não menos parcas do que a minha. Elas fazem alguma coisa, ainda.

Elas matam, elas criam e destroem... Lançam fora tudo ao seu bel-prazer.Elas sentem. E quem não sente? Quem não fia, Quem não tece nem corta? Quem vai se levando amarrado aos tecidos dos outros, agarrados a fios toscos, esquálidas fazendas?

Aridez de pensamentos. Fios partidos. Tecidos rasgados, gastos pelo tempo.

É! Você que disse que não mais teceria, bem que anda tecendo.

Veludos? Chitas? Seda? Algodão cru?

É ! eu que não teço, apenas espero a hora do corte e que saber? Já estou farto. Essas putas de beiras de lagos, são tão artificiais quanto eles. E quem não é? A-R-I-T-F-I-C-I-A-L /ARTIFICIALIDADES tudo exatamente pré-moldado. O molde da superficialidade ordeira e cardeal, a polidez de caras-de-pau.

Mas quando é que me terão cortado?

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