Tem morrido em mim uma poesia a cada dia
A cada dia em que não escrevo
Em que me omito
Meus pensamentos são sepultados em covas rasas
Tem morrido em mim uma poesia
Uma poesia a cada dia que não tiro do peito
Esse rasgo poético
Esses versos brancos
Que a muitos não dizem nada
São apenas brancos
E cada dia sem uma nova poesia eu morro
Um pouco ou muito...
Mas a cada verso novo
Novo ao menos o nome
Renasço mais poético
Ou quem sabe mais patético
O certo é que fico
Inquieto
Pois quero em mim
O lirismo de algibeira
O lirismo cadente
Quero qualquer coisa poética
Longe do patético
O esforço é grande
O êxito incerto
O que importa é que estou de luto.
Morrer ou matar, faz diferença?
ResponderExcluirNão se for o outro.Que morram!!A poesia não, mesmo que nunca tenha nascido,eternamente viverá naquele que a hospeda.Viva então a poesia e o seu hospedeiro! Não são os versos brancos que dão cor à vida?