Não sou muito de prosa, porque sou precoce, sou direto, e por vezes e horas, até grosso. Mas, hoje, hoje eu seria de prosa. Seria uma prosa devastadora, um cataclismo voraz que como nas delongas de um romance iria carcomendo as histórias, como em um fenômeno autofágico.
Não sou de delongas, não sei explicar, já entendo... E se eu entendo qualquer um seria capaz de entender tudo. Não considero de extraordinário nada daquilo que eu possa fazer, não o acho pelo menos nos outros... Ah , continuo sem achar nada ainda. Porque de fato não procuro. Minha vida não tem sido procura, vez ou outra até que acho algo, e que nem gostaria de ter achado, outras que nem gostaria de ter perdido, pois essa massacrante historia de que o passado, sempre com aquele tom melancólico, foi de certa forma, ainda que em idéia, melhor do que o dolorido presente, porque a dor do passado não dói, o passado só existe em na dor que passou, enlutada e já esquecida. Ah, a prosa, corre solta, disfarçada procurando meios, enleios para dizer o que a poesia diria assim do nada, num simples: “eu te amo”. Mas a vida em prosa não se resume a um simples “eu te amo”. Vai envolver um “eu”, “um você” e todos os o outros que são a favor ou contra, ou os que ainda se fazem de Suíça. E ela, a poesia, nem só de “eu te amo” vive, persiste num sonho de um lado só, num acordado só: A dor dos outros não dói. E por que o amor teria companhia nessa desventura que antes mesmo de começar já esta fadado ao fracasso? Ah, o amor, a prosa, a poesia, a vida: será que eles tem algo em comum?
Nem sei, eu ao tenho nada em comum com ninguém em lugar algum, o ente alienígena que vaga assim diferente de todos em todo canto. Viverei a síndrome de avestruz. Assim, assim... vou proseando, assim assim...
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