No telhado
Da telha
do alto
do topo
da cumieira
Às vezes só vêm arsneiras
Umas gotas e umas goteiras
Gota a gota a vida passa
telha a telha a vida se faz
E se desfaz...
Ventos ventanias
casas descobertas
almas reveladas nuas
cruas...
Feridas doídas, doidas de dores.
Do alto do telhado antevejo o futuro
E revejo o passado.
O presente é um regalo não desembrulhado.
talvez e só talvez, a poesia salve alivie as dores da alma entre tantos espinhos que nos espetam.
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