Jaz em mim a esperança de uma bicicleta quebrada,
Lagarda há tempos num canto.
Jaz em mim a esperança de desespero de um fim de amor.
Jaz em mim os passo para uma cova
Notícia nada nova
Jaz em mim as velhas notícias desde sempre
O que tem vida e não vive
Que olha a vida por frestras
Que sente esmolas de afetos
E em contrapartida dá tudo o que tem
Por isso que nada fica
Jaz em mim a esperança do fim de tarde de um domingo qualquer
Uma tarde laranja
Uma tarde de angústia
Jaz em mim a esperança da agonia
Afogo em rios rasos
E pântanos pegajosos
Jaz em mim uma bicicleta sem rodas
Afagos em devaneios rasos.
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