As amálgamas mal-feitas
essa vida que não se endireita
céus, infernos
este inferno de viver
essa vida superficial
A presa fácil
A manipulação condescendente...
Céus, por que tudo que olho é inferno?
Por que tudo que me rodeia é desespero?
Ranger de dentes? Banguelas?
Infernos
de caça às bruxas
querem me pegar
sossegue
todos são alvos...
essa vigilância
este inferno de viver
esse céu de padecer
céus, infernos
eu!!!!
Tão-somente eu!
Nada mais...
Me vejo aterrado ao bater o ponto
meus deus
to tão pequenininho
tão miudinho
procurando um ponto
em que me esconder
estou com medo
desespero
o incerto pelo mais incerto ainda!
O que é essa vida que levo
e que não ouso em chamar de minha?
Não É!
Eu a carrego
...
o que é essa vida que carrego?
talvez e só talvez, a poesia salve alivie as dores da alma entre tantos espinhos que nos espetam.
26/09/2008
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