15/10/2009

Lumières


Não gosto do romantismo, mas se tivesse sido poeta teria sido poeta romântico; o spleen me acomete, o spleen me enche o saco, deveras. E minha vida oq eu teria sido ? um romance onde se morre de amor? Já isso eu não sei, não viveria por ninguém, muito menos morreria por alguém.
Dúbia a vida mas cá dentro dessas reentrâncias megalomaníacas eu me escondo, de mim e dos outros, só para não viver um romance romanesco, só para não, quiçá, morrer de amor, porque de amor não se morre se vive e eu, bem, eu não vivo. O dualismo me fascina . o maldito Empfindsamkeit, que coisa, não? Mas como não ser dicotomizado, costumizado no mundo em que todos são iguais? E lutam por essa igualdade maquiada?
O que será que vem agora ? o século de quê? Certamente não será nada a ver com o Aufklärung. O século dos retalhos, dos processos sereais, nada novo, mas de tempos em tempos tudo volta a determinado tempo, nostalgia pura, linearidade-cíclica o passado hora ou outra volta à Voga... E ser romântico nunca é antiquado... Je suis le Siècle des Lumières. Ops, quelqu'un éteint les lumières...
Turn off T
urn off Turn me on
Turn me on “And his dark secret love Does thy life destroy?”
William Blake

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