13/09/2019

Sentinela

Caminhando pelas sobras da sombra da lua. Solo, só,  solo infértil.  Queda d'águas , da própria  altura, soturno, imaturo  completamente insano e dolorido. Viver dói.  Trair dói,  ser traído dói.  Não  há remedio. Quero  esquecer,  não  quero  amar, não  quero apego. Sôfrego,  trôpego,  cego, quase vivo, quase morto, quase morro, quase vivo.  Vazio, uma via láctea de vazios sozinhos. Sou eu quem não  me quero. Sou o que não  queria  ser e ainda assim há  quem me inveje. Impossível  invejar essa  dor que bate junto com meu coração.  Ele não  pulsa, apanha, apanha e não  pega nada, não  fica em nada
 Acelerados heartbeats. Eu parado. Calado, engosmado, ocre, acre, taciturno,  miúdo. Indiferente e e louco por ter vista,  de ter vista, de viver. Meu deus, socorro . Essa dor talvez passe com o morrer. Mas nem morrer posso  se nunca vivi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário