Qualquer amor que se pretende meu é o mais real circo, é a maior, tangível e abjeta mentira. É um eterno fazer de conta. Qualquer pessoa que não seja eu é a mais sortuda dessa vida. Só pelo fato de não se saber eu. Os outros têm sabores, os outros têm vida . Eu fico aqui ruminando uma maneira de sentir algo ou deixar de sentir algo. Qualquer coisa, qualquer pessoa é vitoriosa . Eu no canto como sempre. Ali, esquizóide, evitando olhares ainda que alguém de quem eu goste me olhe ,me perceba. Eu não percebo ninguém, eu não olho para ninguém.
Eu existo assim como a cadeira velha de minha sala. Vivo? Aí já é querer demais. Eu não quero esse torpor, esse morrer em vão todo dia, à prestação, parcelado. Sem coragem de enterrar a cabeça no forno e morrer e partir dessa merda horrorosa
Todo dia a gente morre um pouco e mata outro tanto. Todo dia...
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