Essa solidão de uma carneira caiada. Que carcome as carnes podres, lindamente branco por fora; fétido e podre por dentro. A solidão me devora por dentro num mundo imagético em que minha imagem se confunde com fundos e figuras esquálidas. Um vício maldito me assola como um verme que consome o último pedaço de carne podre.
Me pergunto o que faço com tanta dor se tenho tanto amor sem destino. Dói. A dor dói quando não se tem destinatário para o amor. Pois amar é sempre solitário e eu não quero mais solidão. Talvez servir um pedaço de bolo me deixe um pouco mais menos solitário.
talvez e só talvez, a poesia salve alivie as dores da alma entre tantos espinhos que nos espetam.
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