13/11/2008

Sonolência

A madruganda entra tão abruptamente, nem pede licença...
A madrugada come minhas horas
E o labor completa a minha autofagia de horas
Consumo minhas horas no ócio
Anseio por não fazer nada...
Corro para nao fazer nada
Não condescendente com o sistema
Ah, o sistema..

Não tenho pressa
Ando paulatinamente arredio...
Quero ouvir a musica toda pelo caminho
Reduzo a velocidade,
deixo-a no compasso
Até o meu destino a terei saboareado por completo

No entanto as madrugadas são vorazes
Elas têm a pressa que eu não tenho
Nem de viver
Nem de morrer

A minha pressa
é
Fazer nada já me bastaria.

A velocidade já não importa
O que importa é não importar
É não dar importância

Se der só vai atrair o que não deseja
Mas o que rejeita...

A madruga passa
E eu fico com sono

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