Eles iam ler Mia Couto no parque . Eu já fiz poesia na praia. Cravei com minhas palavras a dor que sentia, digo, as dores que me atormentam.
Por alguma razão foi a aborda a leitura no parque. Deve ser por conta da iluminação. Aracaju não é conhecida por ser a cidade luz. Paris é e nem lá há tantas luzes.
Atrapalhei uma leitura de alguém que adora esmolas de atenção. Bimbom, bimbom, era Mia Couto, eram as miçangas, mas principalmente eram os fios que mantinha essas miçangas unidas juntinhas. Lindas, circundado um pescoço falso, de uma história falsa de mais um dia falso.
Onde se encontra autenticidade nessa vida?
Não estou pedindo, mas estão me oferecendo esmolas. Não as quero. Insisto: não as quero.
Cego-me diante da dor do existir, do gritar para se fazer ouvir: vá logo antes que eu me parta, que meu coração se parta, que minha alma se quebre todinha.
Já mudei as as plantas de lugar, já pintei paredes, já troquei móveis, já troquei números de telefones. Me deixe assim como a água deixa a fonte; eu não sou fonte. Sou fácil de deixar, escoar, desprender, desaguar.
Eu não compito, eu não entro em batalhas. Você já venceu. Pegue seu biscoito e vá ser feliz longe de mim. Minhas cores novas suprirão qual ausência. I have change my colors. É nossas cores não são suplementares. São opostas. Já mudei tudo de lugar
Tenho plantas novas. Viajo pra.onde onde não encontro. Como onde não te encontro. Morro onde você vivo. É viver, viver já não importa. O mundo é cruel e solitário. Se acostume. Pedradas. Não importa mudei os moveis de lugar e pintei as paredes. BjimVocê já não está lá. Ah e o riso dele Não é comigo
talvez e só talvez, a poesia salve alivie as dores da alma entre tantos espinhos que nos espetam.
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