08/11/2019

Hipotenusa

Há tantas sessões, que só sobram razões  para hiatos.  Os catetos não se somam não acham as somas inequívocas e patentes.  E matematicamente  exatas. Nosso coração não. Mais corpos quebrados arremessados ao léu. Não! Somas, sobras, restos, nada, multiplicados por zero, potências infinitas de dores. Não. Isso não é  amor. É  desfaçatez,  olhar oblíquo  dissimulado de servidão mentirosa.
Amor não se pede. Não se demanda. Se ganha.
Ao sinal do primeiro xingamento a gente corre.  Corre pra bem longe. Não  há escapatória a verdade é  aquela dita na hora da fúria. Da a angústia.
Amor não descava neurose, não embrutece  coração e serve à mesa uma psicose à flor da pele.
Amor serve música aos ouvidos ,  ao corpo, ao corpo de ambos.
Palavras doces e macias , a ambos!
Platitudes gentis,  a ambos. Não é  servidão em troca de meias moedas seja lá   de que for. É  de graça,  pela graça  e por a graça.  Ah,  o amor.
Acho que cheguei até aqui dizendo eu te amo, sem verdadeiramente ter amado alguém.  Ninguém me cabe e não eu não caibo em ninguém.
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