Não há lugar no mundo pra mim
sou um erro de digitação no mapa.
Sou o que não coube em parte alguma,
um eco sem voz, um fim sem meio.
Tudo isso que você sente
é ilusão com data de validade vencida,
um afeto que evapora na primeira corrente de ar,
um trem fantasma sem rota nem trilho.
Sou nada do que você pensa.
Sou menos do que o que você sente.
Sinto muito e sou pouco.
Menos que pouco. Um quase. Um nunca.
A equação não tem resposta.
O X desistiu de ser incógnita.
A lógica é uma gargalhada sem som
num abismo onde a gravidade
também perdeu a fé.
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