talvez e só talvez, a poesia salve alivie as dores da alma entre tantos espinhos que nos espetam.
29/12/2019
Olhar do banco do carro vazio tem lá suas vantagens. Viver para agradar outra pessoa não é viver é um ensaio de títere. É autoanulação por uma presença física. Mas o banco já está ali. É a melhor campanhia, acredite. Solene , firme, silencioso e pragmático o banco direito do carro estará lá e olha-lo e sentir-se pleno é imponderável. Compreender a vida como um passeio horrivel e solitário é um grande passo para liberta-se do sofrimento de procurar ou de achar que se deve ter alguém ao lado.
Não há verdade mais falsa no mundo do que esta. Um travesseiro preenche o lugar mais perfeitamente do que muita gente. Decidir o que comer , só. Decidir aonde ir só. Decidir aonde não ir só. Decidir ficar só. Decidir partir só. Se atrasar só. Mudar os planos só.
Sozinho. Meu deus há quanto tempo não me vejo só! Verdadeiramente só. Pois só estou o tempo todo, mas pseudoamarras que me anulam e me tomam o ar com desfaçatez.
16/11/2019
Geringonças existenciais.
Qualquer pessoa se torna a mais interessante do mundo. Entre mim e qualquer outra do mundo: qualquer coisa. Eu sou um apêndice, que dirige. Leva de um lugar a outro. Que não sou digno de selfie ou de abraços em público.
E imagino a conversas que teriam tido se eu não as estivesse estragado.
Todas as conversas possíveis. - poxa, mor feliz de te encontrar, pena que eu tô com o otário. Tenho Que fingir que estou com ele senão ia ver o resto do pessoal e a gente ia toma umas ( manda as fotos depois.) Queria beber.
É isso aí. Eu sou o não. Eu sou o nada. Quanto mais gente eu vejo me perco num mar de rostos que parecem , e apenas parecem , felizes e ajustados. Engajados, descolados, contentes. Esse contentamento maldito me aborrece.
Me fecho, vou a um canto. Escuto uma senhora feia e esquálida murmurar: coitado, esse tá desprezado. Em seguida passa um bêbado com um olhar empático, achando que eu no batente da porta, também estivesse ébrio. Me olhou com cara de contentamento de prazer , talvez, por não se sentir o único bêbado e desprezado da festa. Não. Ele não era o único. Eu também era O Despreszado. Ainda a comiseração por minha pessoa não passou. Acho que estava com cara de combalido. Um maconheiro me assobia faz sinal de legal e pergunta de estou bem. Balanço a cabeça. Só tinha força para isso. Uma senhora pobre e feia, um bêbado e um maconheiro me sentiram ali no batente de uma porta de uma rua que leva para uma festa por fora e que me levava para um enterro por dentro. Sento, sento, sinto, sinto, choro desconfiadamente e assim vou enxugando as lágrimas que não têm nome nem gênese. Toda aquela felicidade por fora daquelas pessoas me notava mais amargo e incredulo do que tudo.
Também queria ser como elas: achar a felicidade numa lata de cerveja. Em quem bebe a cerveja e em que cata a lata.
Eu sou estrangeiro de mim, em mim. Tanto que chego a despertar compaixão num bêbado, numa senhora miserável e num maconheiro humanista. Alguém sentiu um pouco de minha dor. Se não sentiu sabia que estava doendo. Existir doí E eu não tenho remédio pra dor.
Sou sou o motorista. Vivo por fora e morto por dentro , não há festa que me ressucite. Não há tristeza que me mate de vez.
11/11/2019
Abandonar
Não sentir sua alegria e curiosidades típicas, seus maneirismos .
Senti-me um pouco culpado (mentira, muito culpado) por tê-lo abandonado. Ele era meu e o descartei, o abandonei. Sem cerimônias, sem choro nem vela.
Pessimamente mal. Um bicho que deixa outro pra morrer à beira do caminho.
Abando, quantos abandonos eu já sofri e agora faço o mesmo. Abandonei o meu cachorro. Meu deus. Eu sou um monstro. "Abandonei" digo, lhe dei um novo Tudor. Mas e os afetos ainda que cheios de alfinetadas entre nós? E a responsabilidade emocional ? O que fazer ? Se o que está feito, feito está? Cheguei em casa e ela estava completamente vazia, nem um latido, nenhum olhar fingido r dissimulado, nem uma rodeada nos meus pés. Aqui era o reino dele. O sofá, a cama, os quartos, eu seu vassalo. Não tenho mais com quem brigar. Meu cachorro foi embora ( má hora , na verdade) mas se foi. Até meus bichos se vão e eu fico aqui no mesmo lugar. Na mesma casa . Só mudo as cores, os móveis de lugares, pinto paredes, derrubo paredes, mas sempre volto pro mesmo lugar. É agora já não tem nem mais para quem voltar. Nem mais latidos terei à minha espera.
🐶🐕🐶🐕🐕🐶🐕🐶
09/11/2019
Florada
Apesar do lodo,
Apesar da solidão
do caminho
Do limo,
dos ectoplasmas...
Pas platitudes infiéis e transversais
Apesar dos pesares havia alí à beira do caminho, oras, flores!!!!
Apesar de tudo há alguma beleza por onde passamos.
Apesar desses monstruosos moinhos de ventos disfarçados de amigos e solitarariantes há beleza
Nem que seja somente e tão-somente nas flores à beira do caminho.
As flores que não cultivamos...
Nunca cultivamos. E tudo morre. Como eu morro todo dia.
08/11/2019
Hipotenusa
Amor não se pede. Não se demanda. Se ganha.
Ao sinal do primeiro xingamento a gente corre. Corre pra bem longe. Não há escapatória a verdade é aquela dita na hora da fúria. Da a angústia.
Amor não descava neurose, não embrutece coração e serve à mesa uma psicose à flor da pele.
Amor serve música aos ouvidos , ao corpo, ao corpo de ambos.
Palavras doces e macias , a ambos!
Platitudes gentis, a ambos. Não é servidão em troca de meias moedas seja lá de que for. É de graça, pela graça e por a graça. Ah, o amor.
Acho que cheguei até aqui dizendo eu te amo, sem verdadeiramente ter amado alguém. Ninguém me cabe e não eu não caibo em ninguém.
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04/11/2019
Transitividades
Tudo me fazia doer
A sua ausência presente
A sua presença ausente,
A promessa de sua ausência
A sua presença
Telas de cristais líquidos nos separam
Nos levam a mundos diferentes
A gozos inexistentes...
A possibilidades impossíveis
A complascências incomplascentes.
É tudo que nos resta: a possibilidade de um adeus mais que arquejado,
Mais que almejado,
Pois essa externidade intimista quer liberdade de existência longínqua...
Um (des)amor à distância física. Um (des)amor à distância já temos.
Todo amor é à distância.
Todo amor é de um lado só
à gauche, à gauche, à gauche, à gauche,
Porque direito mesmo é a superficialidade do nada que somos.
Amar é verbo transitório, cheio de objetos incertos e tortuosos, vazios , cheios de espinhosos, amar, amor!
Amar sinônimo de olvidar apenas e tão-somente e só!
30/10/2019
Despedidas contínuas
29/10/2019
De quase em quase tudo quase está morto
"Parece que só se ama errado nesse mundo" . Entreguei meu amor de graça, , ai pelas beiras das praças, pois acredito na graça do amor, e a tudo e todos que eu julgo digno do meu amor, cuidar. Mas vivemos de ingratidão.
Hoje um par de ex-amores fazem aniversário. Me lembro do dia do parto, da correria e da surpresa pela antecipação da data. Da quase morte de deles e que anos mais testemunhei a quase vida desse mesmo que quase morre.
Hoje é o aniversário deles, mas assim como todos que amei, eles estão mortos (para mim, ainda que me assombrem) não lhes posso desejar o o ordinário feliz aniversário. Suas existências já não me dizem mais nada. Um bafo de arrependimento talvez. Uma amalgama mal feita de coisas sem sentidos talvez. Eles fazem aniversário hoje , mas já me morreram há muito. Morre muita gente. Meu coração é um cemitério. É meu quintal uma cova a céu aberto.
20/10/2019
Rejeição velada
A rejeição por ela mesma é desafogada, corajosa, diferente daquela atenuada com adjetivos rebuscados, substantivos caídos em desusos e afins.
A rejeição, aquela que é a mais pura falta de desejo, desejo carnal, visceral é a que mais machuca. Ela não vem com um não. Vem com quinquilharias intermináveis, humilhações com meios sorrisos, com eu te amo, mas é o momento. A melhor rejeição é o NÃO. Um mais puro, sincero e direto não! não lhe quero. Já lho disse. É você mesmo que não cabe nos meus desejos. São suas carnes que não me apetecem. É sua feiura existencial da qual não quero saber. Sendo assim a gente aceita mais facilmente a rejeição. Não ouvimos desculpas. ouvimos a sinceridade vomitada, escarrada, cortante, mas reconfortante. Mentira! Uma tanto quanto a outra dilaceram. Mas o não é sempre a melhor opção. Não?
18/10/2019
De repente e não mais do que de repente, me vejo apaixonado pelo menino dos cachos mais gostosos de brincar, pele mais suave e gostosa de tocar. É do sorriso engraçado bobo que tem também me faz um bobo. ( Bobo aqui na ideia de clarice). Tem os braços envolventes e umas mãos que me agarram que me colocam na situação de protegido (coisa que nunca fui.)
Hoje estou protegido diante desses braços fortes e mãos grandes. E me pergunto se é possível esse amor. Por que abrir caminhos para tantas dores, tanto como para o amor. O amor tem dessas coisas. E me refiro ao amor erótico, daquele mais visceral. Estou com minhas vísceras partidas, e traumatismo diversos mergulhei de cabeça.
E como todo dia acontece uma dia na vida da gente, nesse dia a gente gente descobre que é sempre mentira. Porque a vida não pode ser outra coisa senão uma mentira
16/10/2019
True colors
Por alguma razão foi a aborda a leitura no parque. Deve ser por conta da iluminação. Aracaju não é conhecida por ser a cidade luz. Paris é e nem lá há tantas luzes.
Atrapalhei uma leitura de alguém que adora esmolas de atenção. Bimbom, bimbom, era Mia Couto, eram as miçangas, mas principalmente eram os fios que mantinha essas miçangas unidas juntinhas. Lindas, circundado um pescoço falso, de uma história falsa de mais um dia falso.
Onde se encontra autenticidade nessa vida?
Não estou pedindo, mas estão me oferecendo esmolas. Não as quero. Insisto: não as quero.
Cego-me diante da dor do existir, do gritar para se fazer ouvir: vá logo antes que eu me parta, que meu coração se parta, que minha alma se quebre todinha.
Já mudei as as plantas de lugar, já pintei paredes, já troquei móveis, já troquei números de telefones. Me deixe assim como a água deixa a fonte; eu não sou fonte. Sou fácil de deixar, escoar, desprender, desaguar.
Eu não compito, eu não entro em batalhas. Você já venceu. Pegue seu biscoito e vá ser feliz longe de mim. Minhas cores novas suprirão qual ausência. I have change my colors. É nossas cores não são suplementares. São opostas. Já mudei tudo de lugar
Tenho plantas novas. Viajo pra.onde onde não encontro. Como onde não te encontro. Morro onde você vivo. É viver, viver já não importa. O mundo é cruel e solitário. Se acostume. Pedradas. Não importa mudei os moveis de lugar e pintei as paredes. BjimVocê já não está lá. Ah e o riso dele Não é comigo
09/10/2019
O esmolé nunca se dar por satisfeito; ele quer sempre mais e mais e você se torna mais e mais obrigado a ser.docil e gentil com ele. Porque você almeja um lugarzinho no céu. Você não é altruísta, sinto informar, você está barganhando a sua ida ao seu em troca de umas poucas moedas.
Mas de todo caso esses pedintes, não o que recebem, mas o que dão são outras criaturas também insaciáveis e puramente egoístas. Vão lhe dar atenção quanto precisarem de um mísero favor, que para o benfeitor não significaria nada, para eles seria algo importante. Para mim está decido: só faço, só dou o que não me faz falta o que não me é sacrifício.
E tem sido cada vez mais um sacrifício, uma imolação olhar para cara dessa gente pedinte, não naqueles que pedem trocados, mas aqueles que lhe pedem algo quando lhe é conveniente, que lhe tratam como um móvel alí disponível para ser usufruído. A partir de agora eu sou não. Não quero, não posso,não vou, não empresto.
O altruísmo é uma farsa. E não servirei de capacho para farsantes.
02/10/2019
Qualquer amor que se pretende meu é o mais real circo, é a maior, tangível e abjeta mentira. É um eterno fazer de conta. Qualquer pessoa que não seja eu é a mais sortuda dessa vida. Só pelo fato de não se saber eu. Os outros têm sabores, os outros têm vida . Eu fico aqui ruminando uma maneira de sentir algo ou deixar de sentir algo. Qualquer coisa, qualquer pessoa é vitoriosa . Eu no canto como sempre. Ali, esquizóide, evitando olhares ainda que alguém de quem eu goste me olhe ,me perceba. Eu não percebo ninguém, eu não olho para ninguém.
Eu existo assim como a cadeira velha de minha sala. Vivo? Aí já é querer demais. Eu não quero esse torpor, esse morrer em vão todo dia, à prestação, parcelado. Sem coragem de enterrar a cabeça no forno e morrer e partir dessa merda horrorosa
13/09/2019
Sentinela
Acelerados heartbeats. Eu parado. Calado, engosmado, ocre, acre, taciturno, miúdo. Indiferente e e louco por ter vista, de ter vista, de viver. Meu deus, socorro . Essa dor talvez passe com o morrer. Mas nem morrer posso se nunca vivi.
03/09/2019
Carta
01/09/2019
A plantinha sem água.
Há esperanças para elas. Para mim...
As plantas morreram. Eu não morro. Covardemente indo um dia atrás do outro engolindo o choro, fingindo suportar. Quando silenciosamente queria que o avião que me carregasse explodisse. Que eu fosse um acidente sem nome: indigente morre. Ninguém perguntou. Foi enterrado em cova raza. E finalmente me junto à lama que me esperava desde o parto aleatório e desnecessário naquela madrugada de sábado, de um desses meses que se repetem, de um ano qualquer que finge ineditismo. Arre. O meu primeiro choro foi de desespero e porque o último não deveria de sê-lo? Enquanto isso me vou aos gritinhos contidos , fingidos e escorregadios de vida vazia.
03/08/2019
Quem é o cidadão de bem e o que ele quer
O cidadão de bem é aquele que pensa que as leis não se aplicam a ele. Ele acha que os suburbanos e os pretos que devem subserviência a essas leis. Ele crê piamente que é capitalista pq tem um salário acima da média, tem uma casa de campo (dentre outras coisas) não usa os serviços públicos e acha que paga impostos demais para os pobres procriarem e viverem de bolsa familia. Ele se acha rico pq vai aos EUA, pq troca de carro. É um iludido, de alma pequena e conta bancária idem. É um gerente de banco que pensa que é banqueiro. Mas tem ego! E quer mudar com tudo isso que está aí, desde que, e somente só, não mexam nos privilégios dele. Ele acha, até, que viajar de avião é privilégio, que ter 3 refeições por dia é mt para um pobre.
O cidadão de bem é a antítese do bem. Enclausurado na sua ontologia caolha, tosca e míope. O cidadão de bem é aquele que não dá seta na hora de virar a esquina, que não para na faixa de pedestres, que não respeita as leis de trânsito e não quer ser multado por isso. Ele é elite(sic) as leis não se aplicam a ele.
O cidadão de bem é aquele que no meio de um estacionamento de shopping saca uma arma e lhe ameaça tirar sua vida e sai incólume. Porque ele é cidadão de bem, defensor da moral e dos bons costumes.
E nós que não somos cidadãos de bem ( ainda bem) devemos nos calar pq nunca se sabe com quem podemos estar mexendo. Vai que é um senhor de bem aposentado ai de um alto escalão aqui da nossa província... a gente se cala e agradece e quiçá perde desculpa por atravessar o caminho dele ainda que na faixa de pedestres.
É melhor deixar o cidadão de bem hermético em sua esquizofrenia e arranjar outros meios para não sermos atropelados.
Parafraseando Chico : -cidadão de bem, cidadão de bem!
-Chama ladrão! Chama ladrão.
Ou o chapolin colorado.
Vaidade
A paixão e piedade andam lado a lado, diferentes do óleo e da água, elas se misturam perfazendo um martírio ilusório de necessidade recíproca. É uma dança de vaidades mesquinha que se apraz com o fingimento mútuo, na tentativa burlesca de ser parte do outro.
17/07/2019
Prosa
Não sou muito de prosa, pois sou precoce, sou direto, e por vezes e horas, até grosso. Mas hoje eu seria de prosa. Seria uma prosa devastadora, um cataclismo voraz que como nas delongas de uma romance iria carcomendo as histórias, como em um fenômeno autofágico.
Não sou de delongas, não sei explicar, já entendo... E se eu entendo qualquer seria capaz de entender tudo. Não considero de extraordinário nada daquilo que eu possa fazer, não acho pelo menos nos outros... Já em mim... Ah, continuo sem achar nada ainda. Porque de fato não procuro. Minha vida não tem sido procura, vez ou outra ate que acho algo, e que nem gostaria de ter achado, outras que nem gostaria de ter perdido, pois essa massacrante historia de que o passado, sempre com aquele tom melancólico, foi de certa forma, ainda que em idéia, melhor do que o dolorido presente, porque a dor do passado não dói, o passado só existe em na dor que passou, enlutada e já esquecida. Ah, a prosa, corre solta, disfarçada procurando meios, enleios para dizer o que a poesia dia assim do nada, num simples: “eu te amo”. Mas a vida em prosa não se resume a um simples “eu te amo”. Vai envolver um “eu”, “um você” e todos os o outros que são a favor ou contra, ou os ainda se fazem de Suíça. E e ela, a poesia, nem só de “eu te amo” vive persiste num sonho de um lado só, num acordado só: A dor dos outros não dói. E por que o amor teria companhia nessa desventura que antes mesmo de começar já esta fadado ao fracasso? A o amor, a prosa, a poesia, a vida: será que eles tem em comum?
Nem sei, eu ao tenho nada em comum com ninguém em lugar algum, o ente alienígena que vaga assim diferente de todos em todo canto. Viverei a síndrome de avestruz. Assim, assim... vou proseando, assim assim...
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Eu sempre morei em mim (sozinho). Dizem que sou um lugar lindo (mas sempre deserto), mas como não me vejo e sou enviesado, não posso opin...
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Dia de montar a árvore de Natal. Minha vó ia bem lá nas entranhas de seu guarda-roupas buscar as caixas com as bolas de Natal. Bolas vermel...
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Após um longo e imperceptível hiato, encontrei Richard (a azeitona do meu Martini). Nossa amizade foi sempre permeada por hiatos e afélios. ...